quinta-feira, 26 de julho de 2012

POESIA

Quando o Sol contempla o Oriente
O manto estrelar é apenas o começo de linhas que não posso mudar

Quem quiser seguir, antes que termine a noite
Quem quiser agarrar o céu com o olhar
Podemos apenas dormir e sonhar
Fingir que somos imortais
Mas quem quiser seguir para viver...
A imensidão de um olhar
Ângulos perfeitos em harmonia com suas curvas
Onde está quem roubou meu sono?
Onde está o mapa que traçamos juntos?
Agora, quem realmente somos?

Alguém que apagou as próprias pegadas no tempo
Perdeu-se...
O sorriso capaz de intimidar uma constelação...
faz morada em meu coração
Feito mariposa no amanhecer
Você se vai sem eu entender
Por que acender o que não pode manter?
Você se vai sem dizer adeus
Por que fingiu ser algo meu?
...


Suzy M. Hekamiah

sábado, 21 de julho de 2012

Amigos do Acaso

Quase pensei em intitular este texto como :"Amigos Descartáveis", mas "Descartável" soa como "usar e jogar fora", mas isso não é o que pretendo transmitir. Pois bem, lá vou eu descrever esses meus "amigos do acaso".
No dia 20 de julho é comemorado o Dia do Amigo. Mas o que seria de um amigo, se não soubéssemos os que são os desconhecidos e inimigos? Como falar de um lado, sem saber do outro? Precisamos dos dois. E para início de conversa, já sabemos que muitos trocam de lado, assim como um amigo vira inimigo e um inimigo amigo...Quem sabe, talvez, ambos nunca fossem tão "amigos" ou tão inimigos", mas enfim... talvez nós também não éramos aquilo que achávamos ser.
O valor de um amigo(a), para mim, não está apenas na confiança, mas na ternura. Usar a palavra "amigo" é forte, e para mim usar demais é banal, afinal, muitos são colegas e conhecidos, bons conhecidos, mas para ser amigo mesmo é preciso algo mais; É preciso errar junto mais vezes, acertar, aventurar-se, reclamar, chamar a atenção, se fazer de responsável quando o outro não for, ou simplesmente não se fazer e se #$%¨# junto. (rsrsrs) Completar-se, ver-se no outro. Ver-se na doença e na cura de quem caminha conosco.
Os melhores amigos que eu já tive eram como espelhos, eu me via neles a todo momento e, ao mesmo tempo... eu via o mesmo tempo nos nossos olhares, nas nossas conversas, fotos, lembranças, e em muitas vontades... eram a outra pegada na areia seguindo o mesmo caminho. Mas um dia, não sei se foi o vento ou o mar, talvez foi mesmo o Tempo que apagou a outra pegada que formava o único caminho. De repente, nossas pegadas foram separadas em dois caminhos... e esses amigos, estão conquistando seus próprios horizontes, agora.
A vida é feita de ciclos e naturalmente/obviamente, nesses ciclos, há pessoas que fazem parte deles. Contudo, nem todas as pessoas que conhecemos estarão presentes em muitos dos ciclos das nossas vidas. Pensando nisto, eu apenas aprendi que quando alguém se afasta e segue seu rumo, não é cruel, mas natural. Ora e outra será assim. Olho para fotos antigas com meus amigos, algumas, dessas fotos, de meses atrás, outras de anos e sinto falta... Sinto falta porque foram muito importantes e aprendi muito, me reergui, me transformei por causa de nossos risos e ora e outra bate aquela vontade de compartilhar algo mais íntimo, algo que meus "colegas/bons conhecidos" não entenderiam tanto como um verdadeiro amigo(a) entenderia, mas agora aqueles meus bons amigos estão apenas no passado, foram importantes para determinado(s) ciclo(s) de minha vida e nada mais, nada mais.
Outros tantos apareceram na minha vida de maneira tão surreal, que nos tornamos vítimas do acaso, duraram algumas horas, alguns risos, algum tempo, ajudaram-me a organizar meus dias de alguma forma por um período, esses, foram amigos do acaso.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Vertigem de Viajante

Escrevi algo... ;=) ( pra variar =p)

O que você pode contar para mim esta noite?
Por onde viajou?
Esteve onde queria ter estado?
Ou apenas o estado foi do próprio espírito para criar um hiato?

Eu chorei, eu orei
Eu fugi de mim
E algumas vezes eu vi
Um pássaro qualquer se perder do bando
Um semblante de fogo
Mas era só o mar que ficou estranho
Então, eu guardei tudo o que um dia fomos
Eu percebi que não posso comandar os ventos
Dominar seus sentimentos
Guardá-lo em um frasco...
Ser alfa do lobo dos setes mares

O horizonte sempre foi seu destino
Sete rumos para um coração...
distante estamos nessa imensidão
Não podemos mais salvar o passado
Não podemos ser heróis do que não quer ser salvo

Sua pele pode sentir a brisa fria...
Seu olhar volta diferente após cada viagem
Vertigem de viajante
Meu amor se confunde
Vento finge saciar o desejo
Vento é artilharia do canto das sereias
Meu amor é só areia
Nesse deserto azul que navega
Não há sentimento que pulse em suas veias
"Saudade que provoca a sede...
de um abraço, de uma explicação
Cartas jogadas ao vento
Palavras, nas quais, foram tão longe...
... Não quero que seja em vão
Deveriam acolher minha alma, as palavras
Dentro do silêncio, eu deveria resguardar o sofrimento
Mas ele, o silêncio, não me perdoa..."


sábado, 7 de julho de 2012

Vida Agridoce

"Meus pés sobre o orvalho...
Prometo lembrar pela última vez
Da nossa batalha de juras
Pelos campos do passado
Poetas em seus versos perfeitos
Mas a vida nunca foi um único traço"