sexta-feira, 20 de maio de 2011

SEM CORPO, SEM CRIME

Eu quero ter todos aqueles modelos de perfeição
Rostos que exibem a felicidade infinita

Chame, chame meu nome
Pare as horas
Destrua o silencio
Deixe-me ser a única em seu jardim

Eu quero esse momento imperfeito
Seu sangue e suor são meus combustíveis
Este meu sangue não serve mais para meu coração
Essa realidade não me convence mais
Eu estou tomando chá no Jardim das Delícias
Eu estou no último gole de paciência
Somente por você eu já ceguei minha razão

Julgue sem conhecer e então perca meu corpo
Sem corpo, sem crime
Não quero os culpados
Todos nós supomos ser
Deveríamos ter compreendido melhor as brincadeiras
A verdade aparece em cada detalhe
E agora eu percebo que apenas supomos ser algo

Escolho melodias para minhas horas
Simplifico palavras, para não ter que contar tudo de uma vez
Simplifico o tempo, assim, o amanhã será uma grande virtude
Não estou medindo minha felicidade, apenas deixando tempo a tempo
Encontrei você e encontrei minhas razões
Encontrei-me nas diferenças, nos defeitos e fiz minha emoção

Sou um raio de Sol que toca a neve
Suave
Quente o suficiente para derreter um foco
Fraco demais para mudar um Pólo inteiro

Eu desejo encontrar sua face perdida no meu amanhã
Talvez, eu deseja quebrar seu corpo de porcelana
Juntar os cacos e fazer meu novo modelo

Você foi capaz de aquecer meu coração, usar, fazer queimar, até esfriar...
Jogou as cartas e não quis que eu jogasse

Temi, algumas vezes, não sentir nada
Temi o funeral de minhas palavras
Eu tenho ainda tudo de você
E tudo o que eu tenho está pesando, fortalecendo minha queda

Terás minha compaixão
Terás meu sorriso de dias de chuva
Posso estender a mão
Mas meu calor será apenas lembrança
Sem corpo, sem crime

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mais Um Dia...

Querido Diário, err.. Querido Blog


Hoje é mais um dia que eu tento ver o Sol brilhar. Hoje é mais um dia que eu ouso querer sentir o calor de lá fora, mas ultimamente está difícil me aquecer, pois nenhum lugar está aconchegante. E a cada raio de sol que toca minha pele, eu quero fugir, dias de sol fazem eu lembrar de você, de nosso passado.
Vejo cores no vento, eu pinto um novo mundo para enganar a confusão. Eu amo as folhas caídas pela estação, mas odeio pensar que o tempo muda tudo, que o destino pode unir e desunir. Por que teve que aparecer em minha vida e depois ir sem dizer adeus? Eu me sinto assim, eu me sinto só, muito só sem uma resposta.
Eu sinto uma sensação tão forte de vazio, sem chão, como se estivesse caindo num abismo sem fim. Por favor, não se vá, não me deixe presa no alto, sem uma corda para me agarrar, nesse lugar tão gigante.
Esses meus desejos são reais, é minha forma de ser forte. Minhas ilusões podem, um dia, saltar para o infinito.
Eu acredito em cada palavra que você diz e acredito até naquela que nem ousa dizer. Os sinais que você ousa provocar condenam meus passos. Haverá um encontro de nossos caminhos?
Em outrora eu agi como um anjo para com você e assim quebrei uma asa...
Você diz para eu ter calma, todos dizem para eu ser amiga do futuro e aprender a caminhar com os pés no chão, mas eu adoro me sentir no ar... exceto quando você me deixa à deriva no alto.
Ser a mudança da vida de alguém é algo que somos destinados a ser.
Algumas vezes eu sinto como se minha voz não chegasse a você, que meu olhar não encontre o seu na multidão, que entre eles eu tenha apenas mais um sorriso bobo e então eu temo não ter forças para continuar a acreditar.
A verdade mudará nossas vidas. Então, até quando teremos que enganar a nós mesmos?Até quando veremos as marés mudando e ficaremos parados fingindo não haver uma direção? Para silenciar a vida, basta uma omissão que essa, então, fará papel de morte. Enganar a si mesmo é o pior dos pecados e esperar pelos outros é o pior da vida, e esse é meu erro.
Quando o brilho dourado derrubar a noite eu estarei ainda acordada, mesmo sem fazer parte do dia, meus olhos esperarão que você estenda a mão.