segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


Encontrei um amuleto; Como uma fada madrinha. Encontrei meu caminho sem querer. Meus dias são agridoces; Minhas horas neutras. Sem poder controlar o tempo, sem poder medir nada. Esqueci os espelhos. Doce satisfação ansiosa; Doce orgulho petrificado. Passado na sargeta; Cartas na gaveta.
Toda a imagem de minha antiga vaidade deisviculada dos meus novos amigos.
Agora, posso viver minha imortalidade.
Os nós ruins foram desfeitos e aos poucos as coisas negras estão sendo trancadas num velho baú, que tem tem data para ser enterrado, para sempre.
A memória do meu amor é o presente. A fantasia do meu tempo é o amor.

Oceano...


Eu tive um sonho. Eu conheci uma pessoa. Eu pude ver na minha mente um mundo perfeito. Eu sonhei acordada e mesmo com mais curvas que deveria fazer, eu cheguei lá. Porque mesmo sonhando
a inocência é bonita.
Refaço meus planos e é brilhante poder contar com o olhar.
É impossível mudar de direção.
Na realidade...
Você foi um motivo para eu continuar viva. E de toda melodia deixei minha sanidade aos poetas no caes do porto. Aos loucos nos hospícios, aos figurões nas praças, aos personagens das minhas histórias e olhe lá...
Não preciso de razão para sonhar, sou guiada por toda ferosidade. Por um oceano no azul dos olhos. Um turbilhão que surge de dentro. O caos, o cotidiano, as palavras inusitadas, as figuras de ceras, as bonecas empoeiradas e toda a intelectualidade.
Vamos caminhar no ar, vamos sentir a brisa e fingir que esse é o último momento que estamos sóbrios. Porque não estamos. Não estamos preparados para aguentar o mundo e precisamos quebrar o silêncio do caos, mesmo que seja apenas com uma lágrima...um riso bobo na multidão... um espetáculo à parte.
Ame antes que seja tarde.
Deixe de amar antes que se torne obscessão.
Ferir alguém com o punhal preso em suas mãos. E ainda somos tão crianças...
Às vezes tão estranha, às vezes tudo está tão rápido e ao mesmo tempo monótono.
Caminhando nas nuvens.
Lançando um feitiço para meus próprios amigos. Eu só queria sair; vamos juntar as coisas e ver o que dá.
Vamos apagar as luzes e ver nossa história no retroprojetor.
Vamos fechar o olhos e ver a vida passar.
Vamos ser simples, tão longe e tão perto de tudo e todos.
Somos tão crianças quando brincamos em ser maiores.
Somos tão crianças segurando a vela derretida. Somos perfeitos a quem nos quer bem, somos imperfeitos a qualquer alguém...
Somos crianças contando pontos e não temos balas. Virei uma formiga na multidão todos os dias.
Virei um sacrifício para poder sobreviver. Virei escrava da arte para desabrochar. Virei humana quando aprendi a amar um animal de outra espécie.
Vi os barcos virarem e torci para o mar.
Virei essência de perfume quando senti teus braços segurando os meus.
E no último instante eu apenas quero desejar...
durante os dias não esqueça que és parte de meu universo.

Autoria: Suzy M. Hekamiah