segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Imortal

Não feche seus olhos quando eu partir. Não deixe de sonhar.
Sensíveis anjos caindo no penhasco.
Tudo que senti não foi em vão, nunca é em vão lutar.
O universo conspira, os deuses podem existir em seu coração e com amor se justifica.
Não transforme lágrimas em derrota;
Jogo as pedras no lago, lembro de você e alguém quer partir sem dizer adeus. Não preciso provar o quanto sou alguém, até que veja minha vitória por seus próprios olhos.
Não preciso provar minha vontade além do normal, se meus atos justificam-se por si só. E isso é apenas imortal... em mim.
Alguém sempre quer morrer, alguém luta para sobreviver.
Somamos palavras, sintonizamos emoções e dores estão nos caminhos.
Tudo por meu coração. Não sou antiquada por amar até cair no chão, por ultrapassar estradas por expressar de outra maneira o que sonhei. O que apenas é verdade em mim.
Marcas na pele, desdobradas com o tempo. Não mudou as mágoas.
Não preciso mais chorar por romper limites, já é parte de mim moldar mapas.
Mas os anjos estão cantando no abismo, os faunos estão me trazendo cartas daqueles que se vão sem o último abraço.

Calmamente você sempre diz para esperar. Estranhamente são todos iguais.
É injusto sentir apenas uma vez a verdade nos seus olhos.
Todos os dias eu acredito na perfeição quando me apaixono por certos olhos, e acredito que não existe nada mais superior.
Não preciso provar a ninguém, se eu provar a mim mesma.
Não preciso de calendários, se o tempo é uma rosa no vento. Cada pétala... o bem e o mal relativos.
Não quero relógios que adiantam minhas rugas e fotos que me deixam confusa.
Prefiro o bem e o mal confusos, para não ter que seguir as regras e me ver num labirinto sem saída. Fazendo meu caminho.
Pelo menos estou viva.


Eternamente confidente de mim mesma.


Na dúvida de ser humana e nada se encaixar.


Diga-me, quer caminhar comigo?









Autoria: Suzy M. Hekamiah